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Laboratório Fotográfico Um filme que contém diversas imagens negativas necessita não só ser copiado, como também "corrigido" e ampliado. Uma boa a ampliação não é um resultado gratuito, é o produto final de todas as opções tomadas em cada etapa de todo o processo fotográfico, envolvendo a qualidade dos materiais, organização, higiene, pesquisa constante e experiência individual. Os cuidados dispensados na conservação dos filmes, em todas as etapas (compra, armazenamento, exposição, revelação, higiene e arquivo) são recompensados por uma cópia ou ampliação menos trabalhosa e de maior qualidade. É a qualidade e higiene do negativo um dos principais fatores que determinarão a qualidade da ampliação; negativos riscados, desfocados, com sujeiras, digitais, manchas, podem inclusive impossibilitar a ampliação. O tamanho da fotografia é também muito importante quando se trata de ampliações onde a definição, a reprodução dos mais finos detalhes são exigências importantes. A ampliação de um negativo pequeno pode mostrar uma granulação excessiva, perda de definição e dos detalhes, além de todos os pequenos defeitos da emulsão que, numa ampliação, se tornam muito visíveis. Um negativo muito denso por superexposição ou excesso de revelação, é contrastado, granulado, possui áreas "chapadas", acarretando ao laboratorista, se assim quiser, um trabalho de correção. Um negativo muito suave por falta de revelação ou por sub-exposição, é muito transparente, pouco contrastado, e também exige muita perícia para ser corrigido. Na cópia ou na boa ampliação de um fotograma preto e branco, salvo efeitos especiais, são exigidas áreas em negro e branco, (os cinzas são decorrentes do negativo), o que pressupõem uma exposição escolhida através de uma prova de tempo e contraste, químicas adequadas e procedimentos corretos. Ampliador Tal como a câmera fotográfica, o ampliador é um instrumento de precisão, de construção delicada e de elevado custo. Ambos têm igual importância no resultado final, e seria bem pouco lógico comprar uma câmera cara e boa, e depois poupar na aquisição de um ampliador de 2a. qualidade. A função do ampliador é projetar o negativo sobre o papel fotográfico virgem, dando-lhe ao mesmo tempo o grau de aumento ( ou redução) desejado. Para tal é necessário uma fonte luminosa que emita luz para projetar o negativo e um sistema óptico que permita o aumento (ou redução). Estes elementos estão colocados na "cabeça" do aparelho. A imagem projeta-se numa mesa horizontal, onde deve ser fixado o papel. Para que a distância mesa-cabeça possa variar, a cabeça fica montada numa coluna fixa na mesa. Quanto mais próximo estiver da mesa menor será a ampliação. Cabeça, coluna e mesa são componentes comuns a qualquer tipo de ampliador. Cabeça No ampliador "direto" a lâmpada é colocada no centro de um refletor esférico e a sua luz passa ainda por dois condensadores. No ampliador "reflex" o refletor é cilíndrico e utiliza-se um condensador e um espelho. Nos ampliadores de "luz difusa"(luz fria, ou com difusor) a luz não é concentrada em condensadores, mas simplesmente "suavizada". Tanto no ampliador direto como no reflex se utilizam lâmpadas opalinas, o que já causa uma certa uniformização da luz, pelo menos eliminando a "marca" violenta do filamento incandescente. À parte o vidro opalino, as lâmpadas empregadas são as vulgarmente encontradas no comércio. O único cuidado na compra é escolher a potência apropriada para o amplificador, indicada pelo fabricante. Varia entre 75W e 150W nos ampliadores pequenos. O negativo fica no "porta-negativos", colocado imediatamente, após a face plana do condensador local onde a luz é menos concentrada e mais uniforme. A função deste porta-negativos não é só firmá-lo na posição ideal, mas também mantê-lo plano. Para isso o negativo fica entre dois vidros, entre um vidro e o próprio condensador, ou entre duas chapas com aberturas. A objetiva do ampliador reproduz o negativo no papel do mesmo modo que a objetiva da máquina fotográfica reproduz a qualidade no negativo. A distância cabeça-mesa corresponde à escala de ampliação do negativo: quanto maior a distância maior a ampliação. Mas a distância negativo-objetiva também tem que variar de modo que a imagem projetada na mesa fique focada tal como na máquina fotográfica; quanto menor a distância cabeça-mesa maior terá que ser a separação entre o filme e a objetiva, ou seja, maior será a distância focal da objetiva. Para fazer o foco a objetiva tem que estar montada numa extensão variável, normalmente um fole ou uma série de tubos metálicos, com montagem telescópica. Possui diafragma variável que controla a intensidade da luz e compensa a maior ou menor densidade geral do negativo, mantendo a exposição dentro de limites razoáveis. Assim, um negativo muito denso exigirá o diafragma mais aberto, e um negativo muito transparente, o diafragma bem fechado. A distância focal da objetiva é a normal para o formato do filme a ampliar. Assim, para o 35mm utiliza-se uma 50 e para o 6x6 uma 75. Uma objetiva de distância focal mais curta que a normal provoca distorção na imagem projetada; uma mais longa não dá aberrações, mas o seu pequeno campo abraçado dá uma escala de ampliação menor. Finalmente, a cabeça do ampliador tem um filtro vermelho móvel e uma gaveta porta-filtros. O filtro vermelho permite tornar a luz projetada invisível ao papel ortocromático, quando colocado no percurso da imagem. Assim é possível por o papel na mesa sem velá-lo. A gaveta porta-filtros é utilizada tanto na ampliação em cor, como na branco e preto por permitir a colocação de filtros de correção e contraste, necessários quando utiliza-se papéis resinados e policontraste: Formato: 35mm máximo 6x6, 9x12, 6x7 e 13x18 Formato:6x9 Ampliador Iluminação: Concentrada (direto c/ condensadores) Semi-Difusa (reflex) Direto com difusor Difusa Luz fria Timer Podemos expor o papel fotográfico acendendo e apagando a luz do ampliador através do seu próprio interruptor. Mas, para trabalhos mais criteriosos, emprega-se o TIMER, que é um acessório que permite que a medida de tempo seja rígida e repetida quantas vezes forem necessárias. O timer, pela possibilidade da repetição do tempo, auxilia na confecção da prova de tempo, permitindo que a escolha da exposição para a ampliação final seja exata. Tanto a objetiva como o timer são equipamentos de laboratório adquiridos à parte do ampliador. O
Papel Fotográfico As "famílias" de papéis se subdividem, ainda segundo à sua textura e brilho: liso, textura fina ou grossa, brilhante, semi-mate, mate. Esta escolha depende do grau de definição e reprodução tonal do assunto e do gosto estético do laboratorista. O papel brilhante tem uma superfície protetora de gelatina -barita - que em contato com a chapa polida esmaltada da secadeira, adquire brilho espelhado. Este papel chega a um preto máximo mais intenso do que qualquer outra superfície, devido à sua reflexão ser numa só direção. Os papéis de superfície mate refletem uma luz difusa (em todas as direções) e comparados aos brilhantes dão a sensação de que o seu tom "máximo de preto" não passa de um cinza escuro. Os papéis de superfície brilhante são mais indicados para as fotografias comerciais, jornalísticas, publicitárias (todas as que se destinem à reprodução impressa) e também nas fotografias em que o contraste e o máximo de detalhe sejam fatores importantes. Os papéis mate não reproduzem tão precisamente os detalhes do negativo, são mais fáceis de retocar, etiquetar, e empregam-se muito mais nas grandes ampliações. Da textura do papel somada com o brilho resulta o grau de definição, ou seja, texturas grossas e ásperas oferecem um modo de dissimular ou o grão maior que pode apresentar o negativo ou os detalhes mais finos. Esta perda intencional de detalhes na seleção do papel segue segundo o gosto do laboratorista. A textura e o brilho da superfície do papel vêm definidos, por uma "letra" ou pelo própro nome da textura na sua embalagem. KODABROMIDE - Fibra (esses códigos ainda são válidos mas os papeis desse tipo foram descontinuados) F - brilhante e liso N - mate e liso A gradação relativa dos papéis se indica com um número e usam-se os termos "duro"- "suave" ou "grande contraste"- "baixo contraste"- para diferenciar essa gradação de cinzas. As superfícies mates encontram-se nas gradações de 1 a 3, as semi-mates e de superfície lisa e brilhante podem chegar até o grau 4. A gradação de cinzas varia de fabricante para fabricante, a 3 do fabricante X pode eqüivaler à 4 do fabricante Z. O objetivo destas gradações é compensar a densidade do negativo; assim um negativo muito "contrastado" pode resultar uma ampliação "normal" se usado um papel de graduação suave, entre o 1 e o 2, o mesmo se dá com um negativo de "baixo contraste" se ampliado em papel de gradação 4. Considera-se as gradações 2 e 3 como de contraste "normal". Assim, conforme a densidade do negativo, escolhe-se o grau de contraste do papel fotográfico. Encontra-se papéis fotográficos com duas espessuras de suporte - peso simples: emulsão sobre uma cartolina fina que exige maiores cuidados e acabamento posterior; peso duplo: emulsão sobre uma cartolina mais encorpada, mais rígida, ideal para as fotografias sem acabamento, que ficam soltas. De acordo com o tamanho do papel e da qualidade de folhas, encontram-se diferentes tipos de embalagem e de proteção. Classificação
dos papéis Cloro-brometo Brometo Peso duplo Peso simples Quanto ao suporte Quanto Branco à cor Creme Cores fortes Liso Brilhante Quanto à Semi-Mate textura e Mate brilho Com Diversas textura finas e grossas 6x9 9x12 Quanto ao 24x30 formato 30x40 40x50 50x60 em rolos ( 1x10m). Papéis
RC Permitem uma revelação. Fixação e lavagem muito mais rápida que os tempos normalmente empregados nos papéisde fibra, isto porque os produtos químicos são absorvidos normalmente pelo substrato do papel convencional, o que não acontece nos papéis resinados pelo seu revestimento de polietileno. Não devem ser aquecidos para a secagem, e nem seria necessário, pois a sua secagem é bastante rápida ao natural. Possui dois sistemas de controle de gradação de cinzas: 1- Cuja gradação de cinzas é indicada por um número como nos papéis de fibra. 2- Cuja gradação de cinzas é modificável através do uso de filtros para serem empregados em gavetas de filtros nos ampliadores convencionais. São ao todo 7 filtros que permitem 7 gradações de contraste, além de podermos utilizar o papel policontraste RC sem o uso de filtro, o que eqüivaleria a uma gradação 2 nos papéis convencionais. 3- No Brasil já temos várias opções de superfícies de papeis de contraste variado. Kodak - Polimax RC Brilhante, fosco ou mate e perolado Ilford - Multigrade RC e Fibra Brilhante, perolado e cetim A emulsão destes papéis se compõe de uma mistura de cristais halóides de prata sensíveis ao azul e cristais sensíveis ao verde. O resultado será uma imagem rica em contraste, quando somente a parte da emulsão sensível ao azul for exposta. Por intermédio da variação da quantidade de luz verde e azul pode-se estabelecer o grau de contraste resultante na ampliação, já que os filtros amarelos transparentes bloqueiam a passagem dos raios e permitem a transmissão dos raios verdes da luz do ampliador (branca), produzindo imagens ricas em meios tons e de baixos contraste. Os filtros magenta são usados para o bloqueio dos raios verdes na obtenção de imagens mais contrastadas produzidas pelos raios azuis. No processamento são utilizados os mesmos químicos dos papéis usuais.
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